Ando de poucas falas...também poucos sorrisos...
Como mais uma vez não tenho ninguém para dizer isto, vou escrever...
...NÃO ME APETECE ESTAR AQUI!
Só me vêm à cabeça os momentos felizes que posso estar a perder, as coisas que ainda tenho para aprender e que não estou, as pessoas que ainda tenho para conhecer, os sorrisos que ainda tenho para esboçar e que não consigo, o amor que ainda tenho para dar e que não me deixam...
Sinto que estou a ser apagada, a cada dia que passa, por uma borracha esmagadora. Não estou a mudar por dentro, mas, definitivamente, os contornos da minha imagem estão a ficar cada vez mais esbatidos, como se de meras sombras se tratassem. Eu não quero nem gosto de ser assim...para mim, e principalmente para os outros!
Sinto que flutuo por entre vozes maquiavélicas que se escondem atrás de uma porta, sorrisos dissimulados, amizades interresseiras ou interessadas, vaidades assumidas, mentiras galopantes, amabilidades hipócritas, auto-designadas supra-sapiências, venenos mortais...enfim...
Estou farta de gente que sabe de tudo! Estou farta de gente que fala sobre tudo como se tivessem sido os primeiros, os últimos e os únicos a quem a sabedoria foi distribuída na linha de produção e montagem...e que pensam que por isso mesmo lhes são legítimos comportamentos que de humano não têm muita coisa (já para não dizer nada mesmo).
Quero ir-me embora mas sei que não o posso fazer...quero mudar outra vez só porque quero ser feliz...e agora, por enquanto e presumo que aqui, nunca o poderei ser...
Pois era o que eu temia....ihihihihihihihihihi....tá de mais....ihihihihihihihihihihihihi.....não se aguenta....ihihihihihihih.... a tia Lili embruteceu de vez.....agora já quer servir de atracção turística num tumba regadinha pelo alqueva!!!!!!
Depois de me referir a Lisboa e ao Alentejo com tanto carinho, porque não fazer o mesmo com Macau, terra que me tem acolhido desde há nove meses a esta parte?
De facto, aquilo, que no início, me pareceu estranho ou menos bom, com o tempo acabou por se diluir e até posso dizer, desta feita, que gosto mesmo muito de Macau, ou pelo menos, que aprendi a gostar de Macau.
Fica provado e comprovado que, efectivamente, o ser humano tem uma capacidade absolutamente fantástica para se adaptar a novas realidades, a novas gentes, a novas culturas e a novas formas de pensar, ser, agir e estar.
Obviamente que dias levados da breca todos temos. Obviamente que a solidão ainda continua a ser aquilo que em terras orientais mais me marca. Mas também é óbvio que não posso dizer que detesto ou que odeio a terra e suas gentes de forma nenhuma.
Só queria estar em Macau a trabalhar naquilo que gosto, mas com todos os que amo perto de mim....só isso.
Já dizia o outro, que não há nada mais difícil do que conseguir ter uma vida normal...
Ok...agora está na hora do lugar comum...quem espera sempre alcança, né?
Sábias palavras, não?
Aqui vai a segunda parte...
..
Julgo ser da maior pertinência ouvir esta verdadeira pérola que encontrei por entre os caminhos da internet. Está disponível no sítio da Antena 1, a única rádio portuguesa (emitida a partir de Portugal) a que tenho acesso em Macau (isto sem contar obviamente com as rádios que já são transmitidas através da internet).
E porque há dias assim, porque há alturas assim, porque, às vezes a vida também é assim, e, sobretudo, porque também se pensa assim....
"Embora na maioria das vezes o fingimento seja / criticado e dê indícios de espírito maldoso, / em muitas ocasiões, prova / ter feitos evidentes benefícios "
Ariosto
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